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VIOLÊNCIA DE GÊNERO, O QUE É ?

Publicada em: 04/07/2024 18:39 - Notícias

 

Como identificar se estou sendo violentada?

 

A construção social baseada num sistema patriarcal, em que o homem se mostra como centro de uma sociedade, sendo servido pelo gênero feminino  traz diferenças gigantes entre os sexos. Nesse âmbito de sistema, a mulher é vista como serviçal, sendo na maioria das vezes, abusada em variados sentidos e trilhando um caminho de dor e sofrimento.

Cada vez mais vem sendo debatido sobre esse ciclo de violência, tendo a mulher como a vítima, e como num pesadelo o padrão se repetindo com sua descendente do gênero feminino.  Como combater esse mal que mata diariamente milhares de mulheres no Brasil e no mundo?

Primeiramente cria-se a necessidade de uma consciência coletiva sobre os variados tipos de violência, para que se identifique e os combata desde a raiz, evitando que assim se prolifere.  A informação é uma proteção do que pode aceitar, e o que nunca deve tolerar para si, ou para o próximo.  Vamos abordar os tipos de violência, identifica-los e tentar impedir que continue existindo em nossa comunidade.

1.     VIOLÊNCIA MORAL:  é considerada qualquer tipo de acusação do outro ( homemque se encaixe como calúnia, difamação ou injúria. Um exemplo fácil de ser entendido, é o homem acusar a sua parceira de traição.  Também nessa categoria está o fazer juízo de valor, fazer críticas mentirosas, desvalorizar a vítima pelo seu modo de ser vestir, rebaixar a mulher por meio de xingamentos, expor a vida da vítima.

2.     VIOLÊNCIA PATRIMONIAL : controlar o dinheiro da vítima, deixar de pagar pensão alimentícia, destruição de documentos pessoais, furto, extorsão ou dano, privar a mulher de bens, valores ou outros recursos, causar danos propositais ao bem ou objeto da mulher, ou que ela goste.

3.     VIOLÊNCIA SEXUAL:  é qualquer conduta que obrigue a mulher a participar ou presenciar de uma relação sexual não desejada sobre ameaça, coação ou mesmo o uso da força.  Outro fato pouco comentado é impedir de fazer uso de método anticoncepcional, ou forçar a mulher a abortar. Forçar matrimônio, gravidez ou prostituição, por meio de força, coação, suborno ou chantagem.

4.     VIOLÊNCIA  PSICOLÓGICA : qualquer conduta que cause danos emocional ou diminuição da autoestima, que prejudique o desenvolvimento da mulher, ou tente controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.  São classificados como: ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insultos, chantagem tirar a liberdade de crença, limitação do direito de ir e vir, distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre sua memória e sanidade( GASHLIGHTING.

5.     VIOLÊNCIA FÍSICA: espancamento, tortura, apertar os braços, sacudir, ameaçar com objetos, estrangulamento ou sufocamento, lesões com objetos cortantes ou perfurantes, queimaduras, lesões por armas de fogo.

Tudo começa num ciúme bobo, numa fala mais alta e ríspida, num sentimento de que “ela deve me servir, já que sou melhor que ela”. Esse é o início de um ciclo de violência que se encerra com a vida de uma mulher ceifada.  Precisamos cada vez mais criar a consciência de que uma mulher não é inferior a um homem, nem o homem é, em relação a mulher. Somos todos iguais, temos os mesmos direitos e deveres, de acordo com nossa Constituição Brasileira, onde diz que “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”. Sabemos que essa violência já começa na desigualdade salarial entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções dentro de uma empresa. Essa violência de gênero está dentro de casa quando a mulher recebe a função de fazer a comida, arrumar a mesa e lavar a louça sozinha, pois a sociedade colocou como um serviço de mulher.  Há milhares de exemplos de desigualdades de gênero que começa por uma coisa pequena, que quando não contida, não criada uma consciência de que é errado, termina em um feminicídio.

Esse  assunto é preciso ser debatido nas escolas e urgente. Que a próxima geração venha com a consciência de que não existe o mais, ou menos na sociedade. Que o servir o outro não é uma questão de obrigação, ou papel, mas uma questão de escolha daquele que serve.

 

 

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